Alô alô Dona Élis
Aqui quem fala é da tua terra
Se você soubesse
São as mesmas guerras
De quando tu andava aqui
Os caras piraram de uma forma absurda
Seria cômico se não fosse trágico
Puxam gatilhos
Roubam meninos
Queimam os livros
Matam mulheres
Enriquecem os filhos
Às custas da plebe
E pedem votos
O tempo passa parado
É tanto furto legalizado
E a rotina que mata
As sardinhas na lata
O simples ser em si já é uma agonia
As telas repetem sempre a mesma notícia
Pra quê?
São as mesmas dores
do último dia
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